A Luta de Braço e Cultura indígena

A luta de braço ou popularmente conhecida como braço de ferro é uma cultura presente juntos aos povos indígenas do Estado do Ceará.

Durante uma visita realizada domingo (28) ao Instituto Asas e Raízes, a equipe da Confederação Brasileira de luta de braço e halterofilismos -CBLBH e a diretoria da Federação Cearense de luta de braço tiveram a oportunidade de conversar sobre a luta de braço como uma forma de brincadeira e a presença da modalidade nos Jogos indígenas Cearense.

A presidente da Confederação Brasileira de luta de braço -CBLBH, Anna Santos conheceu o Instituto Asas e Raízes, uma Organização Sem Fins Lucrativos, formada por estudantes indígenas Pitaguary, que promove o etnodesenvolvimento sustentável das comunidades indígenas Pitaguary. O instituto fica localizado no município de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza-CE.

Durante a visita conhecemos os Diretores do instituto, Paulo Sérgio Pitaguary e Jurandir Pitaguary e também a indígena Katia Silva Oliveira.

É importante conhecermos a luta de braço, também como uma brincadeira tradicional, luta brasileira, pois isso nos proporcionou um bate-papo de grande conhecimento e interação resgatando informações da pratica de luta de braço no território indígena Pitaguary como uma forma de brincadeira.

A indígena Katia Pitaguary nos relata como era a luta de braço: “nós usamos a luta de braço como brincadeira, antes deitavamos no chão, apoiavamos os cotovelos e seguravamos na mão um do outro para medir forças, depois evoluiu, passamos a usar um batente. E hoje conhecemos a luta de braço usando a mesa profissional nos jogos indígenas, evento que acontece anualmente em nosso Estado, envolvendo todos os Povos Indígenas Cearenses, Katia participa dos Jogos Indígenas Cearense desde 2018, e é atual campeã de luta braço nos Jogos indígenas Cearense de 2022.

Paulo Sérgio Pitaguary, Jurandir Pitaguary indígena Katia Oliveira apontam a importância de fortalecer ainda mais essa prática, antes uma brincadeira, agora se tornando algo profissional, através do Instituto Asas & Raizes, para que tenham mais e mais e indígenas do Povo Pitaguary competindo não somente nos Jogos Indígenas do seu Estado, mas em outras partes do país e do mundo, levando sempre a mensagem de que essa prática é pra reunir pessoas e aproximá-las, promover interação entre todos, antes de qualquer outro objeto.

Por Anna Célia Santos

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